Mentoria não é terapia!

Mentoria não é terapia, mas uma relação a serviço do trabalho. Por esse motivo, há nele um conjunto de compromissos, horários e práticas que devem ser seguidos à risca. Dessa dinâmica, tanto o mentor quanto o mentorado poderão extrair o aprendizado mais significativo de suas vidas.

O maior erro que pode acontecer durante uma mentoria é ela ser associada ao processo de terapia. A confusão é muito comum, sobretudo para o mentorado, embora mentores também não estejam livres de confundir a mesa de reunião com um divã.

É muito comum que o mentorado tenha necessidade de expor algum detalhe de sua vida privada, para falar de seus sonhos e conquistas, de seus fracassos e dúvidas e de seus medos e certezas, e para ouvir opiniões, sugestões e convites à reflexão.

Mas há uma diferença significativa entre as duas dinâmicas: ao contrário de um psicanalista, o mentor está focado nas dificuldades ou nas necessidades que têm repercussões no ambiente profissional e na gestão da carreira de seu mentorado, e sua participação se limitará a esse contexto.

Se um mentor perceber em algum momento do processo, que o seu mentorado, na verdade, busca o trabalho de um psicólogo, é natural que ele sugira o acompanhamento desse tipo de profissional.